Inexoravelmente

maio 20, 2009

A kite in the sky…

Filed under: Bebê,Comportamento,Gabriel — oldbastard @ 11:37 pm

Onze dias atrás perdi muita coisa, ganhei muita coisa, sofri muito, aprendi muito e decidi mudar.

 

Fiquei pensando durante algum tempo em como fazer um post aqui no blog com conteúdo, mensagem e forma, para tocar as pessoas. Passaram os dias e os pensamentos se acumularam sem que a forma tomasse seu jeito, então achei que era melhor eu desandar a falar do que ficar querendo dar uma de escritor…

 

Primeiro, estamos bem na medida do possível.

Como seria de se esperar, eu e a Helô sofremos um baque danado. Como disse a minha mãe, tivemos a maior alegria e a maior tristeza que uma pessoa pode ter, tudo no espaço de uma semana. 

Apesar de tudo, acho que demos a sorte de compreender que a maior dor que sentimos é a da frustração das expectativas, a da frustração pelo pouco tempo que tivemos juntos e a de todos os planos que já tinhamos traçado e sonhado, e que não se concretizaram, e não a da perda. 

A experiência que tivemos com o Gabriel foi maravilhosa, fazendo despertar aquele amor incondicional de que os livros e filmes falam. Choramos, rimos ficamos noites sem dormir acordamos com um sobresalto com um resmunguinho, sentimos o calor no peito de ver nosso filho sorrindo enquanto dormia, sentimos a lágrima de felicidade se formar quando ele pegou no nosso dedo pela primeira vez, sentimos que ele nos conhecia ao abrir os olhos e nos encarar enquanto cantávamos aquela música que ele costumava ouvir quando ainda era um recheio…

 

Qualquer um compreenderia, e acho que algumas pessoas até esperavam, que nós entrassemos em desespero e depressão, com sentimentos de revolta e negatividade em todas as suas formas. 

No entanto, nossa maneira de encarar as coisas nos trouxe outra cor, outra tônica. Além da frustração, talvez nosso único pesar tenha sido o de não termos feito mais no pouco tempo que tivemos juntos. Talvez por isso entramos em uma espiral positiva, aonde estamos tentando enxergar quais coisas não estávamos fazendo e que podemos fazer, quais coisas podemos fazer melhor do que antes.

Pode parecer euforia induzida para aplacar a dor, mas acreditem, não é. A dor está aqui e se faz presente em vários momentos do dia. Ainda choramos com algumas músicas, ao ver ou ouvir determinadas coisas, ao lembrar de algo, mas como dizia o A-ha, a gente chora na chuva.

 

O fato é que aprendemos demais com o nosso filho e o que pudermos repassar disso será mais uma homenagem a ele.

Estamos por aqui, blog, orkut, twitter, email, telefone… É só procurar.

Fortalecidos, tristes, motivados, com saudades demais e acima de tudo amando um ao outro e ao nosso filhão que está lá, em algum lugar com sua pipinha colorida voando ao vento…

6 Comentários »

  1. Amo e admiro vcs a cada dia que passa.

    Sem mais!

    Comentário por Barbara — maio 20, 2009 @ 11:57 pm | Responder

  2. É impressionante a força de vocês…agora mais do que sempre os admiro mais ainda.
    Eu amo vocês dois e infelizmente não pude estar nos momentos difíceis recentemente com vocês, mas estava lá de coração, desejando que a esperança sempre estivesse com vocês.

    Beijos, logo entro em contato direto com vocês…quem sabe ao vivo?!
    até logo.

    Comentário por Kiki — maio 21, 2009 @ 10:16 am | Responder

  3. Cara, me sinto realmente feliz por vocês estarem encarando dessa forma!!!

    abração!

    Comentário por Thadeu — maio 21, 2009 @ 12:54 pm | Responder

  4. a dor nunca passa, ela fica alojada. mas a experiência faz a gente ser mais essência, mais amor. admiro demais a coragem, a maneira delicada que levam a vida. admiro vocês santi e helô.
    beijo grande.

    Comentário por mecanismodedefesa — maio 21, 2009 @ 1:50 pm | Responder

  5. Luv ya, miss ya. Viver bem é o maior presente que se pode dar a qualquer um que amamos e nos amou realmente. And life goes on…

    Comentário por Xum — maio 22, 2009 @ 3:57 pm | Responder

  6. Santi, estou contente por vocês estarem encarando isso dessa maneira positiva. Vocês são muito queridos e não mereciam sofrer.

    E me desculpe pela maneira meio “apressada” quando falei com você por telefone. Eu não queria estender a conversa porque achei que você não estava muito com vontade de conversar, mas não sei se pareci meio afoito para desligar… não era essa a intenção.

    Comentário por Mauro — maio 22, 2009 @ 8:25 pm | Responder


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